
Viver Vila Verde
Nascida e a viver em Vila Verde, o que tem este concelho de tão cativante?
Vila Verde é o melhor sítio do mundo para se viver. Posso parecer demasiado bairrista, mas de facto gosto muito da nossa terra. Vila Verde tem algo que nos encanta, nos atrai e nos cativa.
Não é só a terra que me viu nascer e me viu crescer, mas é onde de facto eu escolhi viver. Sinto-me bem cá e considero que Vila Verde é realmente daquelas terras encantadoras que têm tudo.
É com satisfação que vemos o crescimento e o desenvolvimento da nossa terra, como se projeta e atrai ao seu território cada vez mais gente. Não temos perdido população, antes pelo contrário, o que é demonstrativo de que efetivamente Vila Verde está no bom caminho, atraindo novos públicos, novas pessoas que vêm para cá viver.

Ser um território muito próximo de um grande centro urbano como Braga não trouxe desvantagens?
Contrariamente ao que se possa pensar, sentimos que essa proximidade à cidade de Braga até nos trouxe mais-valias. De facto, muita gente que estava a viver em Braga optou por vender a sua habitação e construir ou adquirir uma vivenda em Vila Verde. Isto porque sentem que este é um local mais sossegado, mais calmo, enquanto Braga é a grande cidade, a confusão.
Vila Verde consegue ter o melhor de dois mundos: uma tranquilidade quase rural, aliada à oferta de todo um conjunto de serviços imprescindíveis ao dia a dia, e a proximidade à grande cidade.
Os próprios vilaverdenses são excelentes anfitriões…
Somos pessoas muito acolhedoras, simpáticas e que gostamos de receber bem.
Os vilaverdenses são pessoas que realmente gostam da sua terra, abrindo a porta da sua casa, como abrem a porta do seu coração.
Até os jovens que muitas vezes se voltam mais para as cidades, identificam-se com o território e sentem-se bem aqui. Mesmo quem não era de Vila Verde, mas que aqui casou, acabou por cá ficar, identificando-se com esta terra, com esta gente.

Se lhe pedirmos um breve percurso turístico pelo concelho, que locais recomendaria?
Vila Verde tem um vasto conjunto de atrativos que não é fácil resumir. Mas comecemos pela nossa paisagem (a norte mais montanhosa e a sul mais plana) e os nossos rios (Homem, Cávado e Neiva) de águas muito límpidas, com praias fluviais muito interessantes, como a do Faial, a da Malheira ou a da Ponte Nova. Locais muito aprazíveis que todos gostam de visitar, mesmo que não seja verão.
Temos depois um diversificado património arquitetónico, do qual não posso deixar de destacar Santo António Mixões da Serra, a igreja românica de Coucieiro e os santuários de Nossa Senhora do Bom Despacho e de Nossa Senhora do Alívio. São locais que eu diria quase de visita obrigatória.
Até um simples passeio num dia de verão, debaixo do túnel de folhagem verde que nós temos aqui no centro da vila é, por si só, uma delícia.
Culturalmente, Vila Verde tem igualmente uma oferta muito rica…
De facto, Vila Verde oferece todo um programa cultural que em muito contribui para toda esta atratividade do território, fazendo com que quem nos visita, seja qual for a altura do ano, tenha sempre algo para visitar, algo para fazer.
Começaria pelos edifícios da Aliança Artesanal – Centro de Dinamização Artesanal e do Espaço Namorar Portugal que ancora todo o projeto inspirado nos tradicionais Lenços de Namorados.
Destaco também os museus de Arte Sacra, no Pico de Regalados, e o Museu do Linho, em Marrancos, sem esquecer a Casa do Brinquedo e da Brincadeira e, desde outubro de 2016, a Casa do Conhecimento com uma componente mais tecnológica.
Desde a programação do Namorar Portugal, que ocorre sempre entre finais de janeiro e inícios de março; passando pela Feira Quinhentista, que nos faz regressar ao tempo de Sá de Miranda que aqui viveu por mais de 30 anos e aqui produziu a maior parte da sua obra literária; e pelas festas concelhias de Santo António; até à Rota das Colheitas que se desenvolve entre início de agosto e fim de novembro, são inúmeros os eventos que aqui decorrem ao longo do ano.

E em termos de gastronomia o que destacaria?
Temos uma gastronomia excelente. É quase impossível visitar Vila Verde e não encontrar um restaurante que não nos sirva bem, com comida tão típica e tradicional como o Arroz de Frango Pica no Chão, o Pudim à Abade de Priscos, o Cabrito, o Cozido à Portuguesa, as Tripas e as Papas de Sarrabulho, entre muitas outras iguarias. Temos uma gastronomia muito boa, com produtos muito bem confecionados. E bons vinhos também, obviamente.
Só o simples facto de visitar o centro de Vila Verde, passar na Loja Interativa de Turismo, entrar em espaços como a Letraria, com a sua cerveja artesanal, a chocolataria artesanal ou em qualquer um dos nossos restaurantes ou bares, julgo que todos ficarão agradavelmente surpreendidos.
Sem esquecermos o papel do nosso comércio local, devidamente apetrechado, e do nosso artesanato que muito contribuem para fazer de Vila Verde uma terra de mil e um encantos.

Qual tem sido o impacto da marca Namorar Portugal?
Namorar Portugal é uma marca registada desde 2008 que, atualmente, conta com 60 parceiros a trabalhar produtos com a insígnia dos Lenços de Namorados. Desde grandes empresas como a Vista Alegre e a Lameirinho, mas também outras de média dimensão com lojas espalhadas já pelos quatro cantos do mundo. Não esquecendo um conjunto de empresários de pequena dimensão, mais ligados ao artesanato e que viram na marca Namorar Portugal e nos produtos que se inspiram nos Lenços de Namorados uma forma de produzir mais, de criar mais riqueza e de dinamizar o seu próprio negócio.
Por outro lado, temos assistido com particular interesse à exigência do próprio consumidor que nos sugere novos produtos para introduzirmos no mercado. Uma exigência que obriga também os nossos parceiros a serem cada vez mais inovadores, criativos e empreendedores.
Atravessamos uma fase de valorização daquilo que é nosso, que tem qualidade, nos diferencia, é bonito e temos orgulho em usar. E a marca Namorar Portugal tem precisamente essa capacidade de aliar a tradição à modernidade, à contemporaneidade.
Este carinho especial pela marca já ultrapassou fronteiras, em grande parte graças aos nossos emigrantes espalhados pelo mundo. Mesmo os turistas estrangeiros, depois de explicarmos que Lenços de Namorados e Namorar Portugal é “all about love”, que fala de amor, de sentimentos, de afetos e de carinho, mesmo não sabendo interpretar uma quadra de um Lenço de Namorados (“que vai carta feliz voando no bico de um passarinho”), conseguem perceber que, fruto de alguma ingenuidade de quem outrora os bordou, os passarinhos, os corações, as chaves e todas aquelas florzinhas que ali aparecem não deixam de ser símbolos amorosos.
E, portanto, esta marca tem cumprido o seu papel, por um lado, de divulgação de um património e de um ex-libris vilaverdense como o Lenço de Namorados; e por outro lado, de dinamização de todo o tecido económico que deixou de ser apenas local e é já internacional.
Em poucas palavras, como classifica Vila Verde?
Vila Verde, terra dos mil e um encantos!